Foi passada a leitura de dois textos do livro
Sociedade Midiatizada, Dênis de Moraes (org):
- Comunicação Social e Mudança Tecnológica: Um cenário de múltiplos desordenamentos de Guillermo Orozco Gómez
e
- Tecnicidades, Identidades, Alteridades: Mudanças e opacidades da comunicação no novo século.
de
Jesús Martín-Barbero
Partindo de uma análise do atentado de 11 Setembro em NY e do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, o autor considera a comunicação, “neste malfadado começo de século” (que mau fado é esse?) Citou as “oportunidades estratégicas” da digitalização e da “configuração de um novo espaço público e de cidadania” (acho tudo isso muito bom...), “presa entre fortes mudanças e densas opacidades” (até ai...). Cita
Habermas, que “vê emergir a razão comunicativa” e propõe pensar a “hegemonia comunicacional do mercado na sociedade”, ou “a conversão da comunicação no mais eficaz motor do deslanche e inserção das culturas – étnicas, nacionais ou locais – no espaço/tempo do mercado e das tecnologias”, e também “o
novo mapa que essas tensões desenham entre as mutações tecnológicas, as
explosões e implosões das identidades e as
reconfigurações políticas das heterogeneidades.”
Atenta para uma
tendência ao isolamento da comunicação, “autismo epistêmico”, e segue no desenho de “um dos mapas indispensáveis na multidimensionabilidade de seus eixos temáticos e na transversatilidade de seus planos de análises.”
I. A mediação tecnológica do conhecimento na produção social Cita
Manuel Castells ,
“O que está mudando não é o tipo de atividades nas quais participa a humanidade, mas, sim, sua capacidade de utilizar como força produtiva o que distingue a nossa espécie como rareza biológica, sua capacidade de processar símbolos”.Entendo que “o tipo de atividades” que a humanidade participa está mudando sim, afinal o mundo virtual tem possibilitado inúmeras novas atividades, novas dinâmicas sociais... o que não tem mudado é a nossa capacidade de utilizar produtivamente o processamento de símbolos sensíveis. Estamos em evolução... constantemente expandindo nossa cultura, inclusive ampliando nossos meios de comunicação... nossos signos... nossos significados...
Barbero inicia “Dois processos estão transformando radicalmente o lugar da cultura em nossas sociedades:
Revitalização das identidades e
revolução das tecnicidades.”
O autor é um estudioso da América-latina, não sei se quando fala em “nossas sociedades” está se referindo a essa realidade... me incomoda as generalidades porque apesar de entender a “aldeia global” proposta por
McLuhan como frase de “impacto sensorial” tenho consciência de que boa parte da humanidade, mais da metade ainda não tem acesso a informática, vi em algum lugar uma projeção de que apenas 1/3 tem acesso a TI... nossos problemas globais ainda são bem grandes, no
Word Clock encontramos dados bem interessantes, como os pontos de internet corresponderem a menos de 1/7 da população mundial.
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