quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Das Referências e Equívocos Acadêmicos

É bom tomar cuidado com o que se lê, pois nem sempre podemos confiar no que lemos...
Alguém já deve ter dito e escrito isso, tanto já se disse e escreveu que é difícil dar crédito a todos os reais autores de pensamentos, que no final acabam fazendo parte de um conhecimento coletivo.
Na produção acadêmica se usa especialmente a escrita para propagar idéias, mas imagens e sons são cada vez mais comuns, assim como o descuido de alguns autores mestres, doutores em dar os devidos créditos a essas outras linguagens utilizadas. Será porque a História da Humanidade, propriamente dita, se inicia com a escrita e por isso alguns tem nela referência principal, de maior valor e a única a se considerar?

O que vale para crédito autoral é o que foi divulgado/publicado primeiro, sendo importante numa produção acadêmica séria citar fontes e referências, até para embasar o que se está apresentando.
Importante ressaltar que crédito autoral vale para qualquer tipo de produção, seja literária, visual, musical... pois o direito de propriedade autoral cabe nas diferentes linguagens. No Brasil uma obra só é de domínio publico após setenta anos da morte do auto.

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LEI 9.610 de 19/02/1998 – Lei dos Direitos Autorais http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm
Sobre Direito Autoral http://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_de_autor

Imagine um mundo sem Copyright de Joost Smiers e Marieke van Schijndel
http://www.rizoma.net/interna.php?id=200&secao=colagem


Nesses tempos de copy e paste, apropriações diversas e significados múltiplos, a metodologia e as referências citadas podem ser um diferencial da qualidade e seriedade de um pesquisador/autor, sendo que o conteúdo em si é sem duvida o fator mais relevante. Não basta saber escrever, é preciso entender do que se está tratando e se fazer entender, e para isso o cuidado com o uso das palavras me parece fundamental.

A leitura do artigo Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano http://www.pucrs.br/famecos/pos/revfamecos/22/a03v1n22.pdf da pesquisadora, doutora Lúcia Santaella, publicado em dezembro 2003 na Revista FAMECOS de Porto Alegre nº 22, indicado pelo professor como referência ao Pós-Humano, me levou a escrever sobre algumas colocações da autora, na expectativa de contribuir para a leitura critica que acredito devemos fazer sempre.
*Negritos e tamanhos de letras meus.

No começo do artigo, sobre seu livro “Cultura das Mídias”, a autora se declara ousada pois “naquele momento, não tinha perfeita clareza do significado exato que estava dando para a expressão “cultura das mídias” ”
Meus colegas acharam que foi uma atitude corajosa ela ter assumido que não sabia bem sobre o que estava escrevendo... Se auto declarar ousada é se dizer atrevida, audaz, corajosa, o que me parecem atitudes positivas quando se pretende abordar um tema novo, ousar é preciso... Eu achei que foi pretensiosa ao escrever sobre sua ousadia e oportunista por publicar um livro sobre um tema que ela não tinha pesquisado o suficiente... Imagino que tenha sido muito criticada.
No decorrer do artigo fiquei com a sensação de que ela não tem ‘clareza’ de ‘significado’ nenhum, ainda mais uma ‘perfeita’ e um‘exato’.
Ella escreve...
“ 1 As formações socioculturais
Para compreender essas passagens de uma cultura à outra, que considero sutis, tenho utilizado uma divisão das eras culturais em seis tipos de formações: a cultura oral, a cultura escrita, a cultura impressa, a cultura de massas, a cultura das mídias e a cultura digital.”
*Entendo que cultura se expande, passar de uma para outra me parece bem estranho... mesmo sendo passagens sutis...

**Propor eras culturais gera uma perspectiva didática interessante, mas no caso não seria melhor eras da comunicação ou da linguagem, pois parece que é disso que tratam essas formações... Cultura é um termo amplo, que possibilita muitas outras formações...

***De início senti falta de duas culturas, linguagens, que acredito serem básicas no processo de formação sociocultural, a gestual e a visual, que parece ela confunde com a Escrita...
Na Wik sobre Cultura Visual http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_visual
Sobre Cultura Gestual encontrei a Cultura Surda http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_dos_surdos


Na seguencia ella coloca “Antes de tudo, deve ser declarado que essas divisões estão pautadas na convicção de que os meios de comunicação, desde o aparelho fonador até as redes digitais atuais, não passam de meros canais para a transmissão de informação. Por isso mesmo, não devemos cair no equívoco de julgar que as transformações culturais são devidas apenas ao advento de novas tecnologias e novos meios de comunicação e cultura”...
*Se ela entende que os meios de comunicação são canais de transmissão de informação, como as transformações culturais" podem ser devidas as novas tecnologias e aos meios? Se somos nós seres humanos que em busca de novos meios para melhorar nossa comunicação agimos, criamos, promovendo a transformação cultural... Como podemos supor que o que criamos foi o autor da transformação? Para mim faz mais sentido dizer que as novas tecnologias são devidas as transformações culturais"... Entendo que as novas tecnologias são resultado das nossas demandas de adaptação, do nosso processo de evolução e expansão cultural.

Continua  “São, isto sim, os tipos de signos que circulam nesses meios, os tipos de mensagens e processos de comunicação que neles se engendram os verdadeiros responsáveis não só por moldar o pensamento e a sensibilidade dos seres humanos, mas também por propiciar o surgimento de novos ambientes socioculturais."
*Processos de comunicação responsáveis por moldar o pensamento e a sensibilidade humana? Entendo que são as idéias e os sentidos que produzem informação, que possibilitam estabelecer e moldar a comunicação.

Mais adiante...
“É certo também que, em cada período histórico, a cultura fica sob o domínio da técnica ou da tecnologia de comunicação mais recente.“
*Hã??? Como assim, a cultura ‘dominada’ pela técnica? Pela tecnologia de comunicação?
E continua...
“ Contudo, esse domínio não é suficiente para asfixiar princípios semióticos que definem as formações culturais preexistentes. Afinal, a cultura comporta-se sempre como um organismo vivo e, sobretudo, inteligente, com poderes de adaptação imprevisíveis e surpreendentes."
*Não consegui entender o que ela entende por Cultura... Esse ‘Afinal’ me remeteu a ‘Teoria de Gaia’ em que Lovelock defende que a Terra comporta-se como um organismo vivo com capacidade auto-reguladora de adaptação.
A TERRA COMO ORGANISMO VIVO por James E. Lovelock
http://www.miniweb.com.br/Ciencias/Artigos/introducao_conceitos.html
Gaia - A Terra Viva por James E. Lovelock http://www.profotos.com.br/Olhar_Ambiental/Gaia.htm
A vingança de Gaia Por James Lovelock http://serpensar.vilabol.uol.com.br/gaia.htm
Na Wik Teoria de Gaia http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipótese_de_Gaia


Na seguencia...
“A divisão em seis eras pode parecer excessiva, mas, se não as levarmos em consideração, acabamos perdendo especificidades importantes e reveladoras.”
*A mim seis eras culturais parece reducionista, o que realmente leva a perda de especificidades...

Ella continua...
“Por exemplo: a cultura impressa não nasceu diretamente da cultura oral. Foi antecedida por uma rica cultura da escrita não alfabética. A memória dessas escritas trouxe grandes contribuições para a visualidade da arte moderna. Ela sobrevive na imaginação visual da profusão dos tipos gráficos hoje existentes. Sobrevive ainda nos processos diagramáticos do jornal, na visualidade da poesia, no design atual de páginas da Web. Enfim, de certa forma, ela continua viva por que ainda se preserva na memória da espécie.”

*Quando escreve 'cultura da escrita não alfabética' que antecede a cultura impressa, deve estar se referindo as outras categorias do Sistema de Escrita, a uma subdivisão da “Cultura Escrita”, a 2ª formação que propôs.
**Realmente a 'visualidade da arte moderna' tem contribuições da escrita, inclusive da alfabética, mas não da “memória dessas escritas”, sim da percepção atual dela na sociedade. A arte de um período, reflete o próprio período e não uma memória, que é parte do passado tratado na História da Arte...

***Acho importante esclarecer o que é Escrita pois parece que a autora confunde com outras formas de representação.
No Aurélio:
1. Representação de palavras ou idéias por meio de sinais; escritura:
4. P. ext. Qualquer sistema mnemônico usado para registrar mensagens ou fixar a memória de acontecimentos.
5. E. Ling. Fixação gráfica da linguagem, de forma permanente ou semipermanente, num suporte.

Na Wik http://pt.wikipedia.org/wiki/Escrita
“A escrita é uma tecnologia, criada e desenvolvida historicamente nas sociedades humanas, podendo ser globalmente caracterizada como a ocorrência de marcas num suporte.”

Em Sistema de Escrita http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_escrita encontramos as categorias onde o alfabeto é uma delas, então "escrita não alfabética" seriam os sistemas logográficos , silábicos, abugidas, abjads.

“Os sistemas de escrita distinguem -se de outros possíveis sistemas simbólicos de comunicação pelo fato de que normalmente devemos entender alguma coisa da língua falada em questão para poder ler e compreender o texto com sucesso. Contrapõem-se a isso outros sistemas simbólicos como sinais de informação, pintura, mapas, e fórmulas matemáticas, que não necessariamente exigem conhecimento prévio de uma dada língua para permitir extrair deles o significado associado.”

Em Inglês o Sistema de Escrita é bem melhor explicado http://en.wikipedia.org/wiki/Writing_system

Outras referências...
Escrita por Marcio Basilio http://br.geocities.com/marciobasilio/Escrita.html
“Os primeiros e mais universais processos de comunicação são o gesto e a fala. Mas a necessidade de uma forma transportável e conservável da comunicação deu origem ao uso de objetos (pedras, cordas, etc.) ou de traços (desenhados, gravados, riscados, etc.).

O uso dos traços gráficos pode desenvolver-se em dois sentidos: a pictografia, isto é, a representação de objetos e acontecimentos, e a escrita na qual os sinais representam elementos lingüísticos.”

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/historiadaescrita.htm
“Na Pré-História o homem buscou se comunicar através de desenhos feitos na paredes das cavernas. Através deste tipo de representação (pintura rupestre), trocavam mensagens, passavam idéias e transmitiam desejos e necessidades. Porém, ainda não era um tipo de escrita, pois não havia organização, nem mesmo padronização das representações gráficas.”


****Uma Imagem...
Quando indivíduos pintam o rosto e ou o corpo para significar que fazem parte de um grupo, ou que vão a caça, ou para algum ritual...
Estariam eles usando uma escrita não alfabética?
Falamos de visualidade da cor para apresentar um comportamento...
Apesar de representar um padrão não se trata de um registro gráfico.


Sobre o Pós-Humano...



Primo Posthuman, Natasha Vita-More's Primo is an artistic depiction of a hypothetical posthuman of transhumanist speculation.

“A cibercultura, tanto quanto quaisquer outros tipos de cultura, são criaturas humanas. Não há uma separação entre uma forma de cultura e o ser humano. Nós somos essas culturas. Elas moldam nossa sensibilidade e nossa mente, muito especialmente as tecnologias digitais, computacionais, que são tecnologias da inteligência, conforme foi muito bem desenvolvido por Lévy e De Kerckhove.”

*"Tipos de Cultura são criaturas humanas"? Se ainda fossem criações humanas, até passava...
**"Moldam nossa sensibilidade e mente”? Acredito q elas expressam, nos representam...
***Bom saber que a autora tem referencias boas com Lévy, que inclusive estou lendo, e De Kerckhove que não conhecia, pena que não citou nas referências bibliográficas o que ela leu deles.

“A hipótese que tem me norteado é que, em tempos de mutação, há que ficar perto dos artistas. Pelo simples fato de que, parafraseando Lacan, eles sabem sem saber que sabem. (...)Pressinto que são eles que estão criando uma nova imagem do ser humano no vórtice de suas atuais transformações. São os artistas que têm nos colocado frente a frente com a face humana das tecnologias.”
*Considero importante conhecer o que os artistas estão produzindo pois eles atuam como ‘agentes transmissores’ que através da sensibilidade captam não só as transformações sociais como as possibilidades, as decodificam e as expressam com criatividade. Mas entendo que os responsáveis pela criação do pós-humano são os cientistas das tecnologias avançadas, que como ‘agentes transformadores’ estão possibilitando uma nova imagem do ser humano, assim como os desenvolvedores de TI – Tecnologia da Informação que estão reformulando os meios de comunicação. Artistas são como os meios, sendo que alguns por serem muito sensíveis são capazes de 'prever' mudanças.

“Estou ciente de que a expressão “pós-humano” é perturbadora. De fato, essa expressão pode trazer muitos malentendidos. (...)
O termo pós-humano vem sendo empregado especialmente por artistas ou teóricos da arte e da cultura desde o início dos anos 90. A expressão tem sido usada para sinalizar as grandes transformações que as novas tecnologias da comunicação estão trazendo para tudo o que diz respeito à vida humana, tanto no nível psíquico quanto social e antropológico. "


*Pelo que entendi as transformações que estão acontecendo vem do desenvolvimento da tecnologia em várias áreas e não em específico a da Comunicação. O Pós-humano está mais relacionado as tecnologias avançadas como a biotecnologia, a nanotecnologia, a engenharia genética... sendo que a sinalização dessas transformações na vida humana tem sido expressadas pelo Transumanismo.
Sobre Tecnologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
Sobre o Transumanismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Transumano
O termo foi criado pelo biólogo Julian Huxley em 1957, mas a definição atual é de Max More:
"O transumanismo é a classe de filosofias que buscam nos guiar a uma condição pós-humana. Ele inclui muitos elementos do humanismo, como o respeito pela razão e pela ciência, o compromisso pelo progresso, e a valorização da existência humana (ou transumana) na vida[…], mas difere no reconhecimento e na antecipação de alterações radicais na natureza e nas possibilidades de nossas vidas, resultando de várias ciências e tecnologias[…]."

Conclusão
No início do artigo a autora declara
"Tenho defendido a idéia de que nós, intelectuais, pesquisadores e mestres, devemos nos dedicar à tarefa de gerar conceitos que sejam capazes de nos levar a compreender de modo mais efetivo as complexidades com que a realidade em mutação nos desafia."
*Acredito que antes de 'gerar conceitos' é necessário estar atento e ser cuidadoso com os que existem. O artigo me transmitiu uma confusão conceitual entre cultura e comunicação. Entendo que parta de um ponto de vista da Comunicação, mas passar a idéia de que ela é a geradora da cultura, me parece bem equívocado. A cultura do ser humano e os ambientes socioculturais compreendem também outras complexidades como as emoções, o comportamento, as crenças, a ética, o conhecimento, a arte ... sendo a Comunicação apenas um dos fatores que envolvem as relações humanas.

**Não entendi porque a autora ignorou a Cultura Visual, um campo de estudo já bem constituído, e que me parece ser uma das bases da formação sociocultural. Acredito que os primeiros registros de representação tenham sido visuais, a identificação do que se via gerou padrões de significação que possibilitaram estabelecer a comunicação.

Um dos autores citados nas referências pela autora, Ken Hills declara em seu site atuar no campo da cultura visual. http://www.unc.edu/~khillis em 'Academic Interests':
“Several interrelated interests organize my research on visual cultures.”

No Blog ‘Cultura Visual’ tem uma análise sobre o livro An Introduction to Visual Culture, ed Routledge, 1999 de Nicholas Mirzoeff
http://yvettecenteno-culturavisual.blogspot.com/2008/09/nicholas-mirzoeff.html

***Entendo que hoje, 5 anos depois de ter escrito o artigo, tudo tenha ficado mais claro e com certeza mais acessível, já que o conteúdo na web tem se multiplicado... o fato é existem muitas publicação anteriores sobre o pós-humano e o transumanismo, que nem é citado no artigo.

*****Na postagem ’Bios Midiático e Pós-Humano’ listei algumas referências, de autores brasileiros que abordam o tema de forma bem mais esclarecedora.
Considero as referências bibliográficas citadas pela autora bem limitadas sobre o Pós-Humano.
Katherine Hayles, Virtual Bodies and Flickering Signifiers http://www.english.ucla.edu/faculty/hayles/Flick.html, neste artigo escreve bem superficialmente sobre o pós-humano mas coloca a importância da corporificação, outro termo bastante usado e ignorado por Santaella. Talvez tivesse sido mais específico a leitura do livro How We Became Posthuman: Virtual Bodies in Cybernetics, Literature and Informatics, 1999.
Hoje na web encontramos How We Became Posthuman: Humanistic Implications of Recent Research into Cognitive Science and Artificial Life http://online.itp.ucsb.edu/online/colloq/hayles1

E também FEATHERSTONE and BURROWS Cultures of Technological Embodiment: An Introduction de Body Society.1995 que provavelmente trate do assunto pós-humano. Na introdução disponível em http://bod.sagepub.com/cgi/pdf_extract/1/3-4/1 os autores falam dos prognósticos dados em 1960 para os anos 90 onde se viam vários robôs, mas não computadores, o que os leva a perguntar se existe a possibilidade de que em projeções para o futuro próximo possamos não perceber algo que venha a surgir e tenha significado crucial.

Encontrei na web outros autores que publicaram livros antes de 2003 e que tratam do pós-humano:
Dixon, Dougal (1990). Man After Man: An Anthropology of the Future.

Pepperell, Robert (1995).
The Posthuman Condition: Consciousness beyond the brain

Rahimi, Sadeq (2000).
Identities without a Reference: Towards a Theory of Posthuman Identity., M/C: A Journal of Media and Culture , Vol. 3, No. 3, June 2000.

Fukuyama, Francis (2002).
Our Posthuman Future: Consequences of the Biotechnology Revolution. Publicado em português no mesmo ano.

******Enfim, o artigo escrito por Lúcia Santaella me pareceu bem confuso e equívocado... Nessa frase a autora explicou bem a confusão em que se encontra e nos coloca:
“A confusão conceitual é proporcional à confusão dos modos como nos aparecem os fatos que pretendemos compreender.”


Em tempos de disponibilidade de conteúdos e acessibilidade em rede fica mais fácil confrontar teses, teorias e significados favorecendo uma leitura crítica e possibilitando a transmissão de valores que possam realmente contribuir para uma 'inteligência coletiva', tão bem proposta por Pierre Lévy.

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